Dois parceiros nunca correspondem nem satisfazem completamente um ao outro: sempre é assim na natureza.
Os seres vivos nunca estão totalmente em harmonia com seu “nicho”; apenas tem que procurar adequar-se a ele o suficiente para poderem sobreviver.
O mesmo acontece com os dois parceiros: sempre construirão a realidade de modo diferente. Determinante é se os construtos pessoais são ou não compatíveis entre si.
Essa diferença pesa muito na “dor de amor”. No entanto, as tensões resultantes de opiniões diferentes dão sabor a relação; na verdade, é isso que faz com que a história de uma relação seja aventurosa, incomparável e única, mas também pode resultar daí um aspecto trágico, porque as possibilidades de compreensão entre parceiros sempre estão limitadas.
Muitas das potencialidades evolutivas não podem ser realizadas numa relação a dois. Cada qual evolui em um domínio tolerado pelo outro, pelo qual os dois estão sempre negociando entre si e lutando juntos.
Encontrar compromissos e saídas exige ato de criatividade.
Afastar-se e depois reaproximar-se faz correr riscos, mas também torna viva a relação.
J.Willi