Depois do Zuma

Falar de violência sem ser violento com a ideologia, com as crenças restritivas, com as pessoas que querem acabar com […]

Falar de violência sem ser violento com a ideologia, com as crenças restritivas, com as pessoas que querem acabar com a violência através de mais violência é um talento de poucos.

E assim amorosamente se colocando em equidade o tempo todo, nas trocas verdadeiras dos encontros humanos, passamos um sábado absorvendo esperança com Carlos Zuma. Ele veio, visitou nossa Ong ASSIM, nossa clínica deu oi para os alunos do nosso curso de especialização. Perguntou como fazíamos, contou como ele faz.  Falou-nos o que deu certo e o que não deu nos caminhos da Ong Instituto NOOS, e quis saber nossa história.

Comeu camarão prometido. Deixou ideias e levou algumas nossas.

Interromper a violência pedindo uma xícara de açúcar ficou como imagem da mensagem deixada por ele.Deixou muita esperança e a certeza de nossa responsabilidade frente aos paradoxos do tema.

A violência explícita é um percentual pequeno frente às violências “INVISÍVEIS”.

Como perceber o sutil aparecimento da violência em uma relação?  Como ficar atento a transformação do amor, em cuidado, que de repente vira controle, que sem entendermos como, virá violência?

Olhamos a história da humanidade para contextualizá-la. Olhamos nossa história. Pelo caminho do auto referencia, Carlos Zuma nos fez Viajar no tempo e identificar uma das primeiras violências que passamos na diferenciação de gênero: a impossível masculinidade racional e não envolvida. A desvalorização das emoções definidas como femininas.

Mas de onde vem a esperança? A esperança vem da certeza de que a violência é construída. E se o que construímos, podemos desconstruir, então podemos criar novos finais para nossa história. Afinal somos os atores dela. Aprendemos a ver a diferença como conflito,competição  e a hierarquização, mas olhando por outros ângulos, podemos transformá-la em possibilidades de crescimento. Afinal somos seres relacionais.

Ficou a constatação que o trabalho em redes, juntando esforços e aproximando pessoas e ações, é o caminho para que a violência como resolução de conflitos seja substituída pelo respeito a cada pessoa e suas singularidades. A não legitimação do outro é a violência, conflito ou desrespeito. Podemos usar o nome que melhor convém.

Mas onde houver relações, vai haver diferença. E se essa diferença gera tensão e conflito já estamos no campo das violências.

Todos nós trabalhamos com violência. Sim.Você também.

Todos vivemos e mantemos a violência invisíveis que ao limparmos nossa lentes internas para enxergá-las e transformá-las, iniciamos um novo ciclo de paz.

Agora inicia a prática do tema, porque escolhemos torcer pela paz.

Tudo inicia depois do Zuma.

Obrigada Carlos

 

Gostou? Compartilhe :)
Rolar para cima