Minha escolha preferencial de viagens, são aquelas com sentido, com disponibilidade para experienciar algo novo, transformador.
Neste texto, compartilho minhas reflexões e aprendizagens de uma viagem à Machu Picchu.
A antiga utilidade dessa cidade continua sendo um mistério.
Uns falam do Templo do Sol e da sabedoria dos homens Incas. Outros falam de uma cidade das mulheres, onde Pachamama, a mãe terra abençoa o Universo.
Para mim, guardo a lembrança da forte vivência de toda a sua magia, obstáculos e esplendor.
Indo buscar a energia do SOL, da força do masculino em mim, encontrei -me com ela, a força que vem do cuidar, do feminino, da terra de Pachamama.
Compartilho aqui minhas valiosas lições que aprendi neste lugar.
Primeira Lição: A dor da Criança Interior
Percepção que a maior dor da minha criança interior são as sensações e sentimentos de desproteção. Quando ela se sente só, perdida e sem saída.
Quem vai cuidar de mim? A resposta:Eu.
Segunda Lição: O cuidado com a Criança Interior
Vivências passadas de desproteção invadem o presente, me atrapalham e limitam o futuro.
Como cuidar da minha criança?
Ser nosso próprio pai e nossa própria mãe, sempre. Vou te levar comigo, na gentileza do meu abraço.
Terceira Lição: Re-energização
Fui buscar a energia do deus sol, e quem veio a mim foi ” pachamama” (a mãe terra).
Em um lugar que escolhi como meu recanto sagrado, encontrei enterrado na terra um anel. Um presente e uma força para desempenhar a minha tarefa de cuidadora. Que tipo de mãe escolho ser?
Como me re-energizar para cuidar dos outros?
Cuidar de mim para cuidar de muitos. A minha força está no feminino. Ser mãe de muitos. Personagem All Mother.
Quarta lição: Paz interior
Preciso me retirar do mundo para me sentir em paz. No dia a dia meus diálogos internos são intensos e tensos.
Como alcançar mais paz interior?
Assumir quem eu sou sem buscar concordância ou discordância interna e externa. Sou as minhas crenças, minhas buscas, meu caminho, meus vários lados antagônicos. E está tudo certo.
Quinta lição: O anjo das polaridades
Abrindo o livro dos Anjos perguntei: Como seguir?
Pelas Polaridades.
Ser forte e ser fraca… Poder cansar, desanimar, descansar e seguir. Eu e meus vários personagens internos tão antagônicos.
Sexta lição: A escolha
Vulnerabilidade, limite, não é fraqueza.
Ir ou não ir. Desistir não. Somente descansar para seguir depois.
O autocuidado é respeito a si mesmo.
Sétima lição: O medo é um amigo
Tem momentos que precisamos ir devagar, para ir mais longe. Se segurando nos apoios possíveis por auto cuidado.
A pergunta: O que eu faço com o meu medo?
Resposta: Acordos gentis.
Oitava lição: o caminho se faz ao caminhar
Se no está bom, vamos criar algo para melhorar.
Seguindo pelo caminho dos incas (uma subida íngreme), fiz acordos, pausas e respeitei meus limites. E o caminho suavizou a minha frente.
Nona lição: Pertencimento
Procurando um lugar no mundo, na paisagem, achei um lugar bem lindo e bem dentro de mim.
Décima lição: Alegria
Olhar as cores do mundo. Eu me misturo nessas cores peruanas.
Décima primeira lição: Redimensionamento
Olhar o mundo de longe. Redimensionar a própria vida e a morte.
Décima segunda lição: Paciência
A aprendizagem da espera. Tudo tem seu tempo. Respeitar o tempo de elaboração dos processos vividos.
Lição Final: Vivemos em um eterno tornar-se.
Nunca estaremos prontos.
Estar pronto sim, para as próximas viagens, aprendizagens e novas versões de mim.
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