Celi está fazendo 90 anos

Quase um século vivido e experimentado de perto, com todas as revoluções culturais, sociais destes tempos.

Nasceu com uma inquietude de sempre quero mais.

Alfabetizou-se antes que todos esperassem. Tinha sede por conhecer todo o conhecimento disponível.

Sua sensibilidade e gosto musical pelo piano, sua paixão pelos estudos, literatura, sua condição familiar, social e cultural influenciaram para que cedo deixasse sua cidade natal, Itajaí, em busca de continuar os estudos.

Ela queria um mundo maior p’ra ela e assim foi.

Não cedeu aos limites da condição de mulher da época.

Era boa, se não a melhor em tudo.

Desde campeã de tênis de campo à tudo 10 por extenso no boletim.

Ao voltar do internato na capital, foi uma das primeiras mulheres da cidade a exercer um trabalho. Sempre monitorada de perto por seu pai muito amado, um europeu (alemão) com sensibilidades especiais.

Queria o conhecimento, queria a liberdade e a autonomia financeira.

E assim viveu até se apaixonar e ceder aos costumes de uma sociedade machista da década de 50. Para noivar, foi colocada a condição que deixasse o trabalho no Banco Nacional do Comércio.

Ela também queria o amor, o casamento e família. Ela queria tudo.

Casou com o grande amor da sua vida.

Um bom partido, como dizia-se na época. Seus olhos verdes enigmáticos, sua grande responsabilidade perante sua família, a encantou.

Com ele teve cinco filhos para criar, uma casa grande para administrar. Equilibrando-se para junto dar conta da cardiopatia grave que atingiu seu marido durante quase 20 anos, levando-o quando ela tinha 56 anos.

Mesmo com essa vida de sobrecarga, sustos, risco de morte do marido e correria, não esqueceu de si, de suas vontades, de seus talentos.

Dizia: “descansar é mudar de atividade.”

Dedicada e talentosa com as artes manuais, corte costura e tricô, vestia as 4 filhas com suas produções.

Aos poucos passou a aceitar encomendas de tricô na máquina e a ter sua própria liberdade financeira. A casa tinha um  movimento extra de suas clientes e o barulho do rec rec inconfundível da máquina de tricô pra lá e pra cá.

Tocava seu piano estimado após o almoço. Ainda sinto a nostalgia ao som de “Branca”.

Voltou a estudar fazendo o supletivo para completar o segundo grau. Tirou o primeiro lugar no estado. Sua característica de quando fazia algo se dedicava por inteiro. A melhor.

Passou no vestibular, mas não seguiu. Por crenças sociais, pelo marido, falta de apoio? Não sei.

Apoiava os filhos e mantinha sempre a casa cheia de amigos deles. Mesa de ping pongue e bolinho de banana mantinham a turma animada.

Nos primeiros verões, veraneava em casas de temporada até adquirirem o apartamento de Balneário, que era um sonho seu.

As necessidades da doença do marido a fizeram entrar na auto escola e aprender a dirigir com quase 50 anos. Fato que trouxe autonomia e liberdade que a ajudou a construir a segunda etapa da sua vida: 56 anos e viúva.

Viúva, com quase todos os filhos criados, casados ou encaminhados.

Tinha somente um caminho: Viver. Mas viver bem. Viver o que não tinha vivido ainda.

Com conhecimento, liberdade e autonomia financeira, foi experimentar a vida.

Morou em Itajaí, depois em Blumenau por bons anos, onde fez muitas amigas e por fim escolheu fixar residência em Balneário Camboriú. Isto a deixou mais longe dos filhos, mas com total liberdade.

Com seu carro, seu grande companheiro, foi aonde quis.

Abriu mão do fogão, dos almoços diários. Comia em recentes restaurante a quilo, usufruía do advento dos pratos congelados.

Uma das pioneiras no Facebook, internet, jogos, por ali se atualizava com a família.

Montou uma confecção de enxoval para bebês e artesanatos patchwork para mesa e cozinha com motivos variados e temáticos.

A maquina de tricô ficou de lado, dando espaço para a máquina de costura. Trabalhou muito, vendeu muito, teve muito sucesso, reconhecimento e retorno financeiro.

Em sua segunda vida em Balneário, pertencia a vários grupos.

De Presidente da rede feminina, ao grupo da Apae, Ofiarte, voluntariados de ajuda aos mais necessitados. Também gostava muito do seu grupo da canastra e o da seresta.

Com tudo isso nunca faltou socorro aos filhos. Nas muitas dificuldades, nos nascimentos e nas doenças, era a primeira a chegar para cuidar.

Assim como nos nossos êxitos pessoais e profissionais, sempre presente prestigiando.

Mas sua vida era lá em BC.

Sua festa de 70 anos, foi para as 70 amigas íntimas. Uma grande rede de amigas. Assim como foi linda sua festa de 80 anos.

Mas a vida cumpre seu trajeto para todos.

E nestes anos de Balneário, foi se despedindo de todos os seus irmãos e de muitas amigas queridas. Sua grande rede foi diminuindo naturalmente.

Com sua simpatia, inteligência e mente atualizada foi renovando com amigas mais jovens, com os amigos dos filhos, com a vizinhança do prédio que sempre a trataram com afeto e a socorreram em adversidades.

Seu aniversário de 88 foi diferente, não teve festa.

Estava internada com fratura de fêmur por causa de uma queda doméstica.

Surpreendentemente passou pela cirurgia e complicada recuperação.

Não perdeu a vida, mas perdeu a liberdade e a autonomia, pilares da sua estrutura emocional. Perdeu a possibilidade de morar sozinha na sua casa, como bem gostava.

Estes dias falou que não viu o envelhecimento chegar. Quando a vida está boa o tempo passa muito rápido mesmo.

Que difícil estes tempo agora, mãe. Para ti, para mim, para todos.

Difícil te ver sem tua força, tua base de liberdade e autonomia.

Restou tua ousadia que hoje virou teimosia.

Restaram tuas queixas, tua insatisfação, tuas faltas, teu constante pesar, que são tuas saudades de todo o bom que vivestes na tua segunda etapa da vida.

Não podemos te dar o que precisas, porque a vida passou.

E olha só pra tua trajetória.

Quanta experiência vivida em uma só vida.

Quanto a agradecer pela oportunidade de viver e envelhecer, que tantos não puderam.

Quantas histórias pra contar e deixar de legado.

Abre mão do que não volta mais e vive o momento presente do teu Matriarcado e nos ensina a lidar com a finitude com gratidão e leveza na alma.

Por favor.

Não abre mão de ser minha, nossa mãe.

Faço uma pausa e imagino tu lendo esta crônica sobre ti, corrigindo meus erros de português. Sim tu és melhor nisso e me dizendo ao final: “Hum! Pra lá vamos!”

Sim mãe. Todos vamos.

E nem sabemos quem é o próximo.

Quem tem mãe tem tudo!

Te amo!

Telma Lenzi | 27/06/2019

 

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A terapia vai p’ra praça

Percorro o cenário das terapias na nossa cidade há quase 40 anos.

Desde jovem paciente, depois cliente de várias abordagens que contribuíram no meu contínuo processo de tornar-me.

Me aproximei e me apaixonei pelo Psicodrama, depois pela Linha Analítica das terapias com crianças até sentir seus limites em mim e no contexto onde eu as exercia.

Meu encontro com a Teoria Sistêmica (1987) me expandiu e apresentava um novo movimento.

Atender casais, famílias ou simplesmente uma pessoa olhando para o contexto onde ela se constituía  mudou meu olhar do interno das pessoas para suas relações, do individualismo a pensar que as pessoas viviam em relacionamentos. Causou críticas e desconfiança na comunidade. E como toda mudança social, foi absorvida.

Na década de 90,  o projeto cultural tradicional moderno foi drasticamente alterado.

As mídias sociais, internet e o uso dos celulares, foram absorvidos na rotina cotidiana das vidas e dos relacionamentos. Os efeitos da globalização e da informatização assustaram e grandes reflexões sobre estas transformações tomaram seu curso e propuseram novos caminhos.

As práticas de terapia que mantinham o discurso dos padrões morais a serviço do controle social, reproduzindo terapeutas especialistas na cura do paciente, são questionadas e acontece a virada Pós-moderna (final do século XX). Uma proposta para terapias como prática social transformadora, que deve ser compreendida a partir dos contextos locais.

Mudam as terapias, mudam os terapeutas.

O convite da perspectiva pós-moderna, fala da humildade na construção do conhecimento com o cliente em trocas colaborativas dos saberes. O cliente é o especialista em seu viver.

O terapeuta percebe o contexto sócio histórico que mobiliza as pessoas e os motivos que as fazem buscar a terapia. E sente e vive os mesmos efeitos deste contexto que também é seu.

Eu logo aceitei este convite para este novo movimento: a virada pós-moderna. Me sentia à vontade no caminho da auto reflexividade e das relações igualitárias.

Tornar-se público como pessoa, não mais como terapeuta especialista, mas com direito a meus pré conceitos, sentimentos, valores, contradições e opções ideológicas me deixou mais livre. Percebi a ampliação de minha prática clínica passando pela ampliação da minha subjetividade.

Não somos mais nós que temos que nos adaptar às teorias. São as teorias que precisam se adaptar às transformações sócio culturais e respeitar quem somos em nossas singularidades.Não são mais, as diferenças entre as pessoas, vistas como um problema. Agora são vistas como recursos que criam possibilidades.

A partir do paradigma da pós-modernidade, do construcionismo social, várias abordagens se constituem abrindo mão do poder especializado, de mostrar resultados positivos ou perseguir a cura de sintomas. Caminhei por elas, com aproximações, gratidões e escolhas possíveis.

Neste terceiro movimento me encontro hoje: nas práticas colaborativas-dialógicas. Aqui me sinto à vontade com minhas singularidades e minha subjetividade.

Seja qual for o seu contexto, trabalho ou situação de vida, sua subjetividade influenciará a escolha de um fazer ou um estar.

O profissional pós-moderno deve se perguntar como sua prática e a teoria que a fundamenta podem influenciar positivamente a vida das pessoas que o procuram, diante da inegável responsabilidade de ser co-construtor de subjetividades e co-autor de histórias na clínica.

Minha subjetividade dialoga com algumas sensibilidades desta prática.

  1. Não se faz terapia. Se está com o outro neste espaço terapêutico.
  2. A terapia é um acontecimento linguístico e o terapeuta é responsável por criar um espaço dialógico que facilite a exploração de novos sentidos.
  3. Não há distinção do que somos como pessoa e como profissional.
  4. Foca no diálogo e percebe a terapia como conversação em que o terapeuta (em atitude de não saber) e cliente (como especialista) co-produzem novos significados, narrativas e realidades.
  5. No diálogo, novos significados estão constantemente sujeitos a emergir, devido à natureza transformadora da linguagem.
  6. Não busca alcançar um fim específico, mas estar em diálogos generativos.
  7. O expert em sua vida é o cliente. Não conhecemos uma pessoa pelo que ela apresenta.
  8. Cada encontro terapêutico é único. Não repetimos porque não somos os mesmos.
  9. Não podemos instruir, colocar uma ideia na mente da outra pessoa. Aprender é interacional.
  10. O self deixa de ser único e essencialista e passa a ser dialógico com múltiplas vozes, os Personagens Internos.
  11. Diálogos se sustentam e continuam após as conversações terapêuticas. Sejam internamente com os Personagens Internos, seja externamente com outras pessoas.
  12. Diagnósticos, rótulos, definições, explicações e sugestões reduzem a complexidade da pessoa.
  13. Cada um significa de um jeito. Perguntar os significados amplia o diálogo.
  14. As práticas colaborativas-dialógicas não se restringem aos Psicólogos. São convites para ações com escuta genuinamente respeitosa e diálogos generativos.
  15. Encontros dialógicos com presença radical, não precisam de um enquadre. Podem acontecer no espaço terapêutico e em qualquer outro lugar ou relacionamento.

Fica o convite de Harlene Anderson, criadora da abordagem, para ampliarmos estas práticas para além do espaço físico dos nossos consultórios, da terapia e de nossas comunidade imediatas.

O mundo seria um lugar mais respeitoso se estivéssemos em colaboração e diálogo nos diversos contextos de nossa vida cotidiana. No intervalo do café, na intimidade dos relacionamentos afetivos, nas reuniões de trabalho ou comunidades, em sala de aula, nos gestos de solidariedade e sororidade, em conversações transformadoras nos bancos da praça.

Sim. A Terapia está acontecendo na praça!

Vem pra praça!

Telma Lenzi

Setembro 2018

A dor não morreu – Uma conversa com o suicídio

Você não imaginava que ia causar tanta dor, que ia acabar com a vida de tanta gente querida nesta sua escolha de ir embora.

Como isso tudo aconteceu? Quem você convidou para participar dos caminhos desta decisão? Foi uma escolha construída com um pedido respeitoso, trazendo dignidade a você e a sua rede? Parece que não, pelo que estamos vendo.

Sim, eu acredito. Você não foi escutado. Difícil alguém ser escutado com qualidade e presença na correria do cotidiano. Não é um hábito do nosso tempo. Estamos por demais conectados em redes e desconectados uns dos outros.

Mas preciso perguntar: você tentou o suficiente, gritou, lutou pelo seu direito de viver sua singularidade, num mundo de padrões tão determinados? Que ilusões e desilusões você criou na sua vida que mobilizou esta escolha? Você entendeu o funcionamento, a complexidade das interações do nosso mundo?

Você poderia construir ou desconstruir o seu mundo, a sua vida, seu cotidiano. Assim como você era igualmente construído por ele. Mas infelizmente você deixou o contexto te destruiu.

Preciso entender: não foi possível mudar as circunstâncias? Mudar de profissão, trabalho, parceira, de método de aprender coisas novas? Sair da tirania dos corpos perfeitos, brindes, sorrisos, viagens e mensagens de paz das redes sociais? Não foi possível mudar de vida, de país, de pele, de sexo? Fugir pro mato ou se refugiar no barulho urbano? Se permitir estar no meio do nada, e no meio do nada poder “ser”? Não foi possível criar, recriar seu próprio mundo interno e externo?

Sim, desculpa. Parece opressivo eu ficar aqui te inquirindo. Mas são tantas perguntas que ficam no vazio de quem ficou.

Também preciso de um momento para lidar com minha solidão, meu luto, minha dor.Não, não estou lhe culpando.  Espera. Deixa eu significar melhor a minha fala. Só estou querendo buscar alívio tentando entender algo inaceitável para mim.

Sei que mudar é difícil e mais difícil ainda se está sozinho. Não há culpados. Não somos seres isolados, nada é individual no mundo. Nem nossos atos, nem as consequências deles.

Sim, eu entendo. Você não encontrou seus iguais. As verdades são construções temporárias, elas mudam, libertam. Elas também aprisionam e matam. Sim ideias matam.

Com quem estavas construindo tuas verdades? Onde estavam aqueles que pensavam parecido contigo, tua comunidade? Que voz interna, que personagem interno era este que estava decidindo os caminhos do teu ir embora?

Todos temos esta voz, a voz do plano de fuga, aquela que diz: se tudo der errado eu vou fugir pro Tibet, ser diarista ou sushimen em outro pais, ou eu vou tirar a minha vida.

Sim, eu imaginei. Esta voz estava sempre contigo como uma alternativa: tirar a própria vida. E ela agiu sozinha.

Ah! O poder massacrante do monólogo interno. Não houve outras vozes internas para, juntas, construírem outros caminhos. Não houve uma comunidade externa que legitimasse você com seus pensamentos tão diferentes e únicos e lhe acolhesse.

Quem matou você foi toda essa complexidade de interações. Uma sociedade que não permitiu que você vivesse, a seu modo, a sua vida. Se não foi permitido viver, uma alternativa é morrer.

Caramba. Parece tão lógico. Se somos todos diferentes, andar na linha da esteira industrial de cumprir o padrão do esperado social, mata. Mas a dor de quem desceu da esteira, de quem vive à margem e solitário buscando construir uma vida singular, mata igual. É perigoso e paradoxal. Destrói a auto estima que é construída socialmente. Precisamos de uma comunidade que nos legitime.

Olhando daqui de fora, você e todos vocês, não encontraram um lugar para falar, ser ouvido e escutar. Não contaram com um braseiro de aceitação para se aquecerem em suas angústias, buscas, diferenças e similaridades. Isto não aconteceu.

Agora vocês formam uma comunidade com um sentido: aqueles que denunciam algo grave através do caminho de tirar a própria vida.

Sim, eu compartilho da sua dor. Não era essa sua intenção. Você não pensou que ia machucar tanta gente querida neste ir embora.

O suicídio não é um ato individual, isolado. Ele é social, envolve muitas pessoas. Marca e mata muitas outras vidas. Gera dor, muita culpa para uns,  raiva para outros.

Você teve suas razões, treze razões, trinta e três razões para acabar com o seu sofrimento. E agora ver a dor e sofrimento naqueles que você amava é avassaladora. Sua dor continuará viva.

Sim, olhar para o futuro. Eu me comprometo com seu pedido. Não olhar para trás, mas sim para o que podemos aprender com isso tudo. Parar de buscar culpados e tirar uma aprendizagem. Você fez o que lhe foi possível naquele momento e a partir deste ponto, podemos pensar no que pode ser mudado daqui pra frente.

Agora faz mais sentido que sua história sirva como uma herança, um convite a reflexão.

Podemos nos responsabilizar por práticas relacionais diferentes, com mais escuta, tempo e aceitação do outro? Podemos gerar comunidade, gerar  intimidade e relacionamentos de paz livre da culpabilização individual? Como podemos contribuir no nosso contexto, para a diminuição das discriminações, preconceitos e opressões que sofrem os que se diferenciam do padrão?

Como um legado, levarei sua reflexão para toda a minha comunidade e pedirei que compartilhem. Levarei sua reflexão para quem está pensando em tirar sua própria vida. Outros caminhos precisam existir.

Sim, eu sei. Este é o caminho que lhe trará paz. E a mim também.

Telma Lenzi

Agosto/2018

Educação: um compromisso público

No sábado dia 27 de maio de 2017,  um grupo de pessoas, uma comunidade colaborativa, se reuniu para refletir sobre o Sofrimento Emocional na Educação.

Para além dos problemas apresentados construiu-se possibilidades e o compromisso de torná-las públicas.

Neste documento que a mim, Telma Lenzi,  foi designado, coube a tarefa de integrar saberes e sentidos, esperanças e desesperanças, para contribuir com os caminhos de uma educação sem violência no nosso contexto.

Nós nos comprometemos em fazer algo que possa gerar uma diferença.

Como ativistas com “a” minúsculo, de dentro do sistema, propomos subvertê-lo com uma prática de paz construída nos encontros humanos: os diálogos. Sejam internos ou externos, seja pessoalmente ou pela leitura deste texto, fazemos ao leitor o convite para pensar conosco as possibilidades para a educação.

Acreditamos que a educação ocorre muito além das salas de aula, em qualquer relacionamento, em qualquer contexto, em nossas famílias, em nossas vidas cotidianas, na linguagem.

Diálogos são momentos especiais, que ocorrem em todo relacionamento humano e nos quais a fala de cada um é recebida com respeito e compreensão pelo outro, criando um entendimento útil e compartilhado. São micro práticas de paz, que permitem a compreensão da singularidade e da alteridade de cada um. Construídos a partir da escuta generosa e do cuidado com as abstrações e julgamentos que não levam em conta o contexto e a história onde cada um situa seu posicionamento. Uma filosofia de vida.

A partir destes norteadores, o processo (o formato, o modo, a experiência) como aconteceu o Curso de Sofrimento Emocional na Educação torna-se nosso caminho preferencial para uma educação de relacionamentos de paz.

A partir do que vivenciamos em nossa experiência, propomos o que segue como um convite à reflexão de todos:

  • Desenvolvemos uma comunidade relacional, convidando todos os envolvidos e interessados no tema para a conversação de possibilidades
  • Incentivamos formas narrativas
  • Damos voz a todos em pequenos grupos e em grande grupo
  • Tornamos público diversos saberes distintos e legitimamos o maior número de vozes possíveis
  • Propomos práticas e formas alternativas de exposição do conteúdo para legitimar as várias formas de aprendizagem
  • Enfatizamos a prática dos Diálogos de Paz: Ouvir genuinamente, falar apreciativamente, sem julgar, conhecer o contexto e a história pessoal de cada posicionamento
  • Respeitar e validar vozes diferentes nos diálogos internos e externos
  • Criar novos entendimentos compartilhados
  • Escolhemos os diálogos de qualidade, as micropráticas de Paz e suas formas de abranger o macro sistema, mesmo que por vezes nos pareça utópicos
  • Questionamos a verdade com “V” maiúsculo e o ativismo com “A” maiúsculo como formas radicais de posicionamentos, que podem convidar ao embate e aos diálogos violentos. O ativismo com ‘a’ minúsculo propõe  mudança de dentro do sistema
  • Usamos o acolhimento e a afetividade das práticas humanizantes nos contextos onde possamos ir além dos rótulos e diagnósticos da cultura do déficit
  • Não aceitamos convites para interações violentas. Articulamos de forma pacífica, com limite, e convidamos outras vozes diante destes contextos
  • Cuidamos de nossos diálogos internos no cotidiano para percebemos com que vozes estamos reagindo ao que ouvimos. Relações de paz consigo mesmo resultam relações de paz com o outro
  • Misturamos as fronteiras entre sala de aula e vida pessoal
  • Abrimos mão do individualismo e percebemos o contexto como um todo

Estudantes, professores, escola, sistema educacional estão todos saturados. Não há culpados.

Sabemos que o que foi pensado individualmente por alguém é  um subproduto dos seus diálogos e seus relacionamentos. Mas o ensino tradicional, com sua base individualista, reproduz a cultura do isolamento e alienação,  não reconhecendo a importância da produção relacional do conhecimento.

Somos todos responsáveis em propor com à comunidade possibilidades de mudança através do aprendizado colaborativos com os outros e através dos outros.

Assim sendo abaixo assinamos,

Alessandra Carvalho Costa Leite
Amanda Dos Anjos Corrêa
Amanda Dri Lima
Ana Carolina Vianna de Rezende
Ana Claudia Felicissimo Camargo Lima
Ana Lúcia Cidade
Ana Paula de Almeida Girolamo
Andressa Silva da Rosa
Bruno Lenzi
Caroline Battistello Cavalheiros S.
Cidiane Roberta Monteiro Lofi
Daiani Villain
Daniele Albino
Debora Ramos
Edson Tadeu Benthien
Guilherme Barros Farah
Isabelle da Silva Kretzer
Izanete da Silva
Juliana Pereira
Karoline Machado da Silveira
Letícia Gabriela Weigenannt Simão
Luana Hemsing Costa Cacciattore
Luísa Gonçalves Santos
Maria Aparecida Medeiros Peres
Maria Célia Hasse
Mariana Vieira Apóstolo
Mário Cesar Fernandes
Melissa Lins de Abreu Lange
Mirthis Macedo
Pedro Pereira Lenzi
Priscila Christianette
Renee Valentine Gonzaga Curial
Ricardo Bernardini de Oliveira
Rita Verônica Mendes
Roberta Roque da Silva
Savana Flores Pereira S.
Silvia Martins Janeiro D’Auria
Suzana Souza Araújo
Telma P Lenzi
Thaís Bastos Ramos
Thaisline Priscila Farias
Thuany de Melo Coelho
Victor Moreia de Moraes Lopes

Florianópolis, junho de 2017.

A culpa é deles? perdoar nossos pais e seguir adiante

 

Não há trauma, verdades vividas ou ditas duramente por nossos pais, cenas terríveis de infância que não possam passar por uma atualização em nosso self.

Convidar novos processos externos e internos de diálogo e nossa maravilhosa possibilidade de fazer escolhas por outros significados. 

Revisitar essas cenas internas com a perspectiva de Personagens Internos criados na maturidade.

Sim, temos essa possibilidade de escolher com quem dialogamos internamente e decidir o itinerário de nossas vidas.

Podemos criar novos significados para as nossas mágoas e nos reconciliarmos com nossos personagens internos Pai e Mãe. 

Personagens que um dia foram criados em nossa infância,  pela imagem de nossos pais refletida no mundo externo.

A cada dia, a cada nova situação, alimentamos essas vozes, esses pensamentos, estes personagens. 

E, no presente, não são mais eles, nossos pais reais, mas nossas próprias vozes internas, que geram mal estar.

Somos os autores, diretores e atores de nossas próprias vidas.

Temos essa possibilidade de escolha!

Quando não acreditamos nisso, na força transformadora dos processos reflexivos, estamos nos vitimizando e culpando alguém.

Quem?

Muitas vezes nossos pais. 

Eles fizeram o melhor que puderam.

E nós?

Estamos dando o nosso melhor?

Podemos criar a paz interna e consequentemente a paz externa através das escolhas do que pensamos, falamos ou agimos.

Somos heróis responsáveis por nossas vidas.

Fica aqui o convite para agirmos como tal.

 

Telma Lenzi

12/02/2017

 

O que queremos para os nossos filhos?

Afinal o que queremos para nossos filhos?

As quase 100 pessoas que estiveram ontem na Palestra de final de ano da ASSIM SC APRENDENDO A VOAR  e mais de 200 participantes virtuais ajudaram na construção deste coração de tags.

Ele é a expressão real dos mais profundos desejos das pessoas para os seus filhos.

Olhem a beleza desta imagem.

Quanto mais vezes a palavra foi mencionada, maior ela aparece na imagem do coração.

Todas são igualmente genuínas, ainda que tenham sido mencionadas apenas uma vez.

Se escolhemos este caminho para nossos filhos, as perguntas são0:

  • Quais caminhos estamos escolhendo para alcançar estes objetivos?
  • Estamos empoderando a infância deles ou colocando-os em uma forma?
  • Para que mundo os estamos criando?
  • Em 1996 não tinha internet e celular, qual vai ser o mundo que eles viverão em 2036?

Nossas crianças precisam aprendar a sentir quem são e os caminhos que farão sentido na vida para elas.

Isto trará com certeza felicidade, amor, saúde física e emocional, respeito, integridade, paz, segurança, e todas estas outras palavras genuinamente amorosas.

Gratidão a todos que participaram desta construção de nossa Verdade Local!

 

Telma Lenzi | Dezembro de 2016

Ensinando a Voar – Como permitir o vôo dos filhos

O que cabe à família e o que cabe à Escola?

Meu primeiro filho, tranquilo, sensível, feliz e atento, seguiu a educação tradicional em uma escola considerada alternativa. Porém, como a maioria das escolas, de método instrutivo de transmissão de conhecimento. Seguiu. Questionou matérias e conteúdos. Definiu suas preferências e a inutilidade de muitas delas, para ele. Fez aulas de yoga nas vésperas do vestibular, ao invés de simulados mobilizadores de ansiedade para ele.

Entrou para Psicologia na UFSC para o segundo semestre e fez um intercâmbio sabático de 6 meses, como era uma crença familiar, para descansar depois de exaustivos 15 anos de escola.

A escola de massas, com um professor ensinando ao mesmo tempo e no mesmo lugar dezenas de alunos, nasceu com a revolução industrial e chegou igual ao século XXI.

Em mais de duzentos anos, mudaram os estudantes, mudou a sociedade e mudou o mercado de trabalho. Quando a escola será reinventada? Quando a singularidade e a colaboração entrarão em cena?

Esse era um assunto recorrente nos diálogos familiares. Localizava nos meninos dores parecidas com as minhas de infância: hierarquização e poder, currículo padronizado, aulas fechadas, turmas isoladas, as provas como sinônimo de avaliação, os mecanismos punitivos e repressivos mobilizadores do medo e aniquiladores da criatividade.

Seguíamos.

Meu segundo filho belo, forte, rápido, livre e explorador do mundo, andou cedo (9 meses), falou cedo e logo acompanhou o irmão 3 anos mais velho em tudo.

O medo não o acompanhou na infância.

Destemido e interessado nas oportunidades que o mundo oferecia, se soltava de mim para explorar os lugares, mergulhar nas águas das praias ou piscinas que encontrava, andar sozinho à cavalo aos 2 anos.

Cheio de energia e alegria, com um sorriso constante em seu rosto e olhar, cativou a todos e viveu plenamente sua infância feliz.

Sempre leal, amoroso, gentil, dócil e carinhoso, criado desde o primeiro mês com massagem de Shantala, seu corpo falava sobre sua afetividade: dar e receber carinho, toque, abraço foi sempre sua linguagem, sua verdade.

Exercia sua criatividade com perfeição na modelagem, desenhos e brincadeiras com bonecos, personagens de tramas criadas em sua imaginação e interpretada por ele.

Ele queria sentir-se livre para explorar o que lhe causasse interesse, emoções e paixões.

A natureza, trilhas e liberdade era o seu lugar. Assim como ajudar os outros e os animais.

As regras da Escola, rígidas e sem coerência para ele, não foram bem vindas e os conflitos começaram aos 7 anos.

Somos produtos e produtores de uma cultura e tentamos nos encaixar a ela.
Mas o corpo não mente. A mente mente.

Seus olhos não conseguiam enxergar. Passou a usar óculos. Sua atenção não fixava nos conteúdos e seu desejo estava no lado de fora da sala. Foi diagnosticado com TDAH.

Não acompanhava o conteúdo. Foi reprovado e encaminhado para psicopedagoga, psicóloga, psiquiatra e todos os especialistas em manter uma criança na “esteira” da padronização educacional.

Mudei-o de escola.

Todos os muitos caminhos conhecidos eu tentei. Dei minha total presença nesta busca insana de adaptá-lo à escola.

O rótulo de diferente, problemático se estabeleceu e substituiu rapidamente todas as suas belas qualidades.

O encontro com seu Personagem Interno “Medo” veio na adolescência, de maneira muito intensa e entristecedora, mantendo-o em um lugar seguro e recluso, livre das pressões do mundo real: o mundo dos jogos virtuais.

Ali ele voltou a ser livre e criativo. Ser quem ele queria ser. Criar suas regras e ser singular em um mundo imaginário. Viver suas aventuras preferidas ajudando pessoas. Longe, muito longe do mundo real.

A tentativa de se manter na escola esvaziou sua energia vital, sua criatividade, seu empoderamento para questionar as regras do mundo que não serviam para ele. Desconectou do sentir, do acreditar em si e do agir pelo seu próprio caminho, pelo esforço de tentar se submeter aos padrões.

Minha constante busca de entendê-lo e poder “estar com” ele me fez mudar meu olhar das muitas tentativas de ações para uma outra forma de compreensão da situação.

O problema não era ele, mas a proposta educacional que para ele não servia. E feriu fortemente sua liberdade e criatividade.

O que está acontecendo com nossas crianças e adolescentes? Será que repetiremos as opressões vividas em nossa infância ou queremos algo de melhor para eles? Em qual mundo vivemos e em qual mundo eles viverão?
Estamos preparando-os para um futuro colaborativo e interconectado?

Nossos filhos de cinco anos querem salvar o mundo, ser policiais, astronautas, mágicos e dançarinos. Mas será que chegam no último ano da escola com seus desejos respeitados ou transformados em advogados, administradores, enfermeiros, cursos de maior mercado no Brasil em 2016? E o que aconteceu com os dançarinos, os mágicos e os astronautas? Não tem como não pensar que algo quebrou durante estes anos de estudo e mudou suas vidas. Será que foi o medo, este vilão que costuma roubar sonhos?

Mãe de dois tão diferentes e complementares. Compreendi que minha experiência plena de mãe veio neste desafio de respeitar singularidades e proteger os filhos de verdades culturais que podem servir para um, mas não para todos.

Muito pouco se pode esperar de mudanças educacionais imediatas em nosso contexto. Algumas iniciativas já estão surgindo.

Muito podemos fazer nas relações cotidianas. Precisamos questionar, abrir conversações para diminuir os danos em nossas crianças, em nossos adolescentes. Como pais, cabe a nós buscar a coerência com o que construímos de verdade dentro de nossas relações familiares e a coerência com o método educacional que vamos oferecer a eles.

Os valores que cultivamos em suas infâncias, como diálogos democráticos, espaço emocional de posicionamentos e respeito pelas diferenças, necessitam estar presentes nas práticas educacionais escolhidas. Caso não, seremos cobrados por isso. Os perderemos ou eles se perderão de si mesmos.

Ele de malas prontas, eu com lágrimas nos olhos. Assim vi meu filho embarcar para se buscar de volta. Foi fazer o High School no Canadá.

Lá iniciou seu “Currículo Subjetivo”, voltando a poder ter suas escolhas e interesses validados. Voltou a ter o prazer e a curiosidade pelo conhecimento.

Mais convicto, questiona e critica o método de transmissão de ensino tradicional e não se interessa pelos diplomas, somente pelo conhecimento.

Fez 4 anos de Psicologia, mais 2 de Design de Jogos, Terapias Corporais e de Energia, Formação em Instrutor de Shantala, estuda na Formação em Terapia Sistêmica Pós-moderna, Massoterapia e seguirá buscando o que fizer sentido para ele.

Hoje trabalha como Terapeuta de Shantala para casais e seus bebês.

O que ele quer: AJUDAR O MUNDO A SER MELHOR. Só assim. E tanto assim.

O medo e o peso de fazer o caminho “fora da caixinha” estará sempre presente para quem ousar sair fora da esteira.

E assim ele vem reencontrando o seu caminho, resgatando suas potencialidades com o apoio da família e com o feedback de seus clientes.

Escreve Storyteller *. Seu Aventureiro viaja pelo mundo. Sua generosidade e disponibilidade de ajudar as pessoas caminha por uma linguagem muito singular a ele: a linguagem do corpo.

Desta forma, como Massoterapeuta e a partir de sua história pessoal, contribui para que novas crianças sejam tocadas (Shantala) por seus pais e legitimadas em como elas são e estão no mundo.

TELMA LENZI | NOVEMBRO 2016

*Storyteller: sistema de jogabilidade RPG criado por Mark Rein*Hagen, da editora estadunidense White Wolf que utiliza o sistema D10 (dados de dez faces). Seu sistema é extremamente interpretativo, cujo principal objetivo é a geração de crônicas (histórias). Seu cenário mais famoso é o Mundo das Trevas. O Storyteller enfatiza a criação de histórias como prioridade. Os jogadores e o Narrador (que funciona igual ao um Mestre) desenvolvem histórias com os personagens desenvolvidos, com um diferencial: Os personagens devem já ter uma história pronta antes do jogo começar (O Prelúdio). Para começar, os jogadores precisam desempenhar ações durante o jogo. (Wikipédia)

 

OUÇA ESSA CRÔNICA GRAVADA

Convite para a Palestra: Ensinando a Voar- O desafio de educar os filhos

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A escola tradicional, nascida com a Revolução Industrial, mantém um modelo estático há mais de 200 anos, onde um professor ensina ao mesmo tempo para dezenas de alunos. O mundo mudou, mudaram os estudantes, mudou o mercado de trabalho. Só a Escola não mudou.

Venha refletir conosco sobre o que cabe aos pais, à família, aos professores e à comunidade neste cenário.

  • A Escola de ontem e a Escola de hoje
  • A realidade que massifica o ensino
  • Marginalização e Rotulagem x Competências e Singularidades
  • Diálogo e inclusão das diferenças
  • Capacitação de pais e professores para o diálogo com crianças em sofrimento escolar
  • A perspectiva dos jovens através de depoimentos
  • Preparação para uma mudança paradigmática: um enfoque nos novos relacionamentos familiares

Palestrante:

Psicóloga Telma Lenzi | Presidente da Associação Instituto Movimento

Data:

Dia 2 de dezembro, das 19h30m às 21 h, no Hotel Majestic: Av. Jorn. Rubens de Arruda Ramos, 2746
Centro, Florianópolis – SC

Ingressos:

R$ 80,00
R$ 50,00 para Alunos, Padrinhos e Voluntários ASSIM

Inscrições:

|48|  3223 3598

|48|  99156 2354

movimento@sistemica.com.br

EVENTO ABERTO AO PÚBLICO – VAGAS LIMITADAS

Toda a arrecadação do evento será destinada à ASSIM – Associação Instituto Movimento -, que presta atendimento psicológico gratuito ou a custo social para pessoas que necessitam.

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Personagens Internos em Diálogo com o filme: Divertida Mente

Telma Pereira Lenzi

Resumo

Peter Docter, diretor do filme Inside out (Divertida mente) encontrou em sua auto referência a inspiração para este longa da Pixar para crianças e adultos de todas as idades.

Ao tentar compreender o que ocorria na mente de sua filha de 11 anos  que a cada dia demonstrava mais introspeção e silêncio, Peter e sua equipe de animadores se inspiraram e ousaram nesta narrativa.

Personificaram as emoções, criaram paisagens internas e desenvolveram uma narrativa para explicar o funcionamento da mente humana, a partir de pesquisas e de suas próprias experiências vividas.

Criaram uma narrativa organicista, que categoriza locais, pontes e estruturas mentais, mas que abre conversações com a  pós modernidade ao se aproximar da noção de self narrativo que dialoga, em constante construção e não essencialista.

Palavras-chave

Divertida mente; personagens internos

Texto completo:

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Referências

Anderson, H. (2009). Conversação, linguagem e possibilidades: um enfoque pós-moderno da terapia. São Paulo: Roca.

Gergen, K. J. (1994). Realities and relationships: soundings in social. Construction. Cambridge, MA. Harvard university press.

McNamee, S. Gergen, K. J. (1999). Relational Responsability. Resources for sustainable dialogue. Sage Publications. Thousand Oaks, CA.

Lenzi, T. P. (2013). Personagens internos. Revista Nova Perspectiva Sistêmica, 47ª edição, (p. 86-98).

Convite Conferência: Caminhos das Práticas Pós-Modernas no Brasil e no Mundo em 2016


Fortes mudanças nas práticas terapêuticas, aliadas à responsabilidade do Movimento e da ASSIM em oferecer atualização à Comunidade Sistêmica determinam a escolha do tema do último Workshop do ano.

Neste Workshop serão apresentadas as últimas atualizações teóricas da prática sistêmica pós-moderna, construídas a partir de duas conferências internacionais nos quais os professores do Movimento estiveram presentes, nos meses de agosto e outubro, em São Paulo.

VAGAS LIMITADAS

INVESTIMENTO

R$ 120,00

R$ 100,00 para ex-alunos ou profissionais ligados à Movimento

Descontos para Grupos a partir de 5 pessoas

INSCRIÇÕES

|48| 3223 3598

|48| 9156 2354

movimento@sistemica.com.br

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